Uma menina de 9 anos foi encontrada morta em um terreno abandonado na cidade de Jucurutu (RN), na noite deste domingo (14). A Polícia Civil investiga a suspeita de que tenha ocorrido crime sexual e aguarda laudo necroscópio para saber as causas da morte. A força das agressões foi tamanha que a criança sofreu traumatismo craniano e há indicios de outras fraturas pelo corpo.
O principal suspeito, de acordo com as polícias Civil e Militar, é o tio da vítima, que tem 36 anos. "Ele foi preso em flagrante e teve de ser transferido de Jucurutu para Caicó (RN), na manhã de hoje [segunda-feira (15)], para preservarmos a integridade física dele sob custódia da polícia", disse Fábio Rogério Silva, delegado geral do Rio Grande do Norte.
A criança foi socorrida ainda com vida e levada para um hospital na cidade, onde recebeu os primeiros cuidados médicos, mas houve a necessidade de ser transferida para uma unidade com melhores equipamentos, em Natal. A criança morreu a caminho da capital.
A transferência, segundo ele, foi adotada depois que um grupo de aproximadamente duas mil pessoas cercou a delegacia da cidade para tentar linchar o suspeito. "Foi um tumulto generalizado e foi preciso retirá-lo de lá. Sobre os danos ao patrimônio público, isso será analisado posteriormente", disse Silva.
Na confusão, dois policiais militares ficaram feridos e dois carros da corporação foram atingidos por pedras. "Isso aconteceu no momento da transferência do preso para a delegacia de outra cidade. Não tinha como ele ficar no local para prestar depoimento e fazer a uma acareação. Os próprios familiares o denunciaram como suspeito do crime e isso provocou uma comoção muito grande entre os moradores da cidade", disse o tenente coronel Antonio Cipriano, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar do Rio Grande do Norte.
Ele participou da transferência do preso para Caicó, mas não se feriu. O sub-comandante do batalhão, o major Cícero Cardoso, e um soldado ficaram feridos sem gravidade. Eles foram atendidos em um hospital da cidade e já receberam alta.
As polícias Civil e Militar não informaram se o suspeito do crime chegou a ficar ferido